Mulher morta a socos pelo marido tinha 90 anos e morava sozinha com ele em Penedo

Preso em flagrante por feminicídio, homem de 59 anos alegou que acordou com alguém pegando no seu pescoço, achou que era um ladrão e o espancou, mas a pessoa era sua companheira.

A mulher assassinada com vários socos pelo marido em casa na cidade de Penedo, região do Baixo São Francisco alagoano, tinha 90 anos e morava sozinha com o marido, de 59 anos. Amair Mota Ferro foi encontrada sem vida na madrugada desta quinta-feira (22) caída ao lado da cama, com hematomas no rosto e nas mãos.

 

O casal vivia junto há 32 anos e não tinha filhos. De acordo com a polícia, o companheiro da idosa, José Clovis Ferro da Silva, disse que estava dormindo e acordou com alguém apertando o seu pescoço. Achando que era um ladrão, deu socos na pessoa para se defender e saiu correndo de casa para pedir ajuda.

 

“Ele não tem nenhuma lesão pelo corpo, apenas machucados na mão direita, decorrentes dos murros que ele deu na vítima”, disse o chefe de serviços de Penedo, Walber Cardoso.

 

A Polícia Civil ouviu o vigia que passava na rua e viu Silva um pedaço de madeira na mão pedindo ajuda porque ladrões haviam invadido a sua casa.

 

“A testemunha disse que não havia ninguém na casa, só a idosa sentada no chão com o rosto machucado. Ele chamou o Samu, que constatou o óbito”, disse o chefe de serviços da delegacia.

 

Contudo, ainda de acordo com a Polícia Civil, a Polícia Científica foi acionada ao local e constatou que as lesões na vítima foram feitas bem antes do horário em que homem pedia ajuda na rua, o que levanta a suspeita de que o crime não ocorreu durante a madrugada.

 

O agressor ficou preso no Centro Integrado da Segurança Pública (Cisp) de Penedo e foi autuado em flagrante pelo crime de feminicídio.

 

O corpo da idosa foi recolhido para o Instituto Médico Legal (IML), onde passará por necropsia para apontar a causa da morte. Depois, o laudo será encaminhado para a Polícia Civil para que seja anexado ao inquérito.

 

Polícia Civil

 

 

 

 

 

 

 

 

por Michelle Farias, G1 AL

 

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