Polícia investiga suposto esquema de aliciamento de menores para produzir conteúdo pornográfico em AL

A Polícia Civil investiga a participação de adolescentes em um suposto esquema que produz conteúdo pornográfico durante a transmissão de lives e postagens em redes sociais, como Tik Tok e Instagram. Na última terça-feira (28), policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em uma casa em Maceió.

 

O conteúdo seria gravado em imóveis de condomínios de luxo em Alagoas. As investigações começaram em 2023. Em março desse ano houve o registro de um Boletim de Ocorrência feito por moradores de um residencial de alto padrão na Barra de São Miguel, litoral Sul do estado, que reforçaram o andamento dos trabalhos da polícia.

 

Nele foi relatado que moradores novos chegaram em uma casa no condomínio e estavam produzindo vídeos para as redes sociais com finalidade de lucrar com a postagem deles. Além disso, segundo o relato, também havia o sorteio de prêmios através de rifas online.

 

Tudo era gravado em formato de reality show e, segundo os denunciantes, com a participação de crianças e adolescentes com idade a partir de 14 anos. Uma uma dessas gravações, uma menina teria ficado algemada a outro participante por três dias por causa de uma prova que fazia parte do jogo. O Conselho Tutelar teria ido até o imóvel e só assim a menor foi liberada da prova.

 

Na terça-feira (27), dando continuidade às investigações, equipes da Delegacia dos Crimes Contra a Criança e o Adolescente, comandada pela delegada Talita Aquino, chegaram até uma casa em um outro condomínio de luxo, desta vez em Maceió, na região da Serraria.

 

No local foi cumprido um mandado de busca e apreensão, expedido pela 14ª Vara Criminal da Capital, na tentativa de identificar suposta produção e armazenamento de material pornográfico. Foram apreendidos computadores, aparelhos de telefone celular, HDs externos, Pen Drives, Cartões de Memória e outros meios de armazenamento de mídias digitais.

 

“Essa operação versa exatamente sobre a exposição de crianças nas redes sociais, muitas vezes de forma vexatória, que denigre de fato a infância e a adolescência. As medidas estão sendo adotadas, periciadas para verificar se os crimes realmente são esses, essas exposições, ou se há situações ainda mais graves”, afirmou o delegado Daniel Mayer.

 

Também foi encontrado dinheiro e cédulas falsas de uma moeda de circulação interna. O material foi encaminhado para o Instituto de Criminalística para análise. O objetivo é identificar possíveis crimes de pornografia e exploração sexual contra crianças e adolescentes.

 

 

 

Fonte: G1/AL

 

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