Alagoas tem 33 mil pessoas diagnosticadas com autismo, aponta IBGE

Transtorno do Espectro Autista (TEA), de acordo com dados do Censo 2022. Em todo país são mais de dois milhões de brasileiros, o que equivale a 1,2% da população. A região Sudeste lidera a lista e São Paulo tem mais de 500 mil pessoas com o transtorno.

 

O dado, que considera quem relatou ter diagnóstico realizado por profissionais de saúde, foi divulgado na sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), junto com informações sobre a proporção de brasileiros com algum tipo de deficiência.

 

Durante a realização do último censo demográfico, a inclusão do quesito sobre autismo foi determinada pela Lei nº 13.861 de julho de 2019, que alterou a a Lei nº 7.853 de outubro de 1989. Com a mudança, foi incluido as especificidades inerentes ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos censos demográficos.

 

Entre os alagoanos, a incidência maior é de homens (1,3%) e pessoas brancas (1,2%). O TEA é mais frequente entre pessoas de 6 a 14 anos no estado.

 

Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) “se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por uma gama estreita de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva”.

 

Autismo em Alagoas – Censo 2022

Grupo de idade – AL Total Homens Mulheres
6 a 14 anos 11.485 7.848 3.638
15 a 17 anos 7.724 5.620 2.104
18 a 24 anos 828 535 292
25 anos ou mais 1.355 628 727

 

 

Ainda segundo o Censo, 11.485 pessoas diagnosticadas com TEA em Alagoas frequentam escolas ou já têm especialização. Desses, 381 frequentam curso superior de graduação, 58 pessoas têm especialização e outras 21 têm mestrado.

 

A divulgação inédita do IBGE é considerada um avanço histórico, mas também evidencia lacunas importantes e pode ser uma oportunidade de fortalecer políticas públicas. “Ter esses dados de forma sistematizada é um ganho histórico para a gente pensar políticas públicas e planejar ações de cuidado. Mas, ao mesmo tempo, evidencia o quanto ainda precisamos avançar na estruturação dos serviços”, avalia a neuropsicóloga Samantha Maranhão, especialista no cuidado à pessoa com autismo.

 

 

 

 

Fonte: G1/AL

 

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