Pai ameaça estudante e funcionários de escola em Arapiraca após caso de bullying

A direção de uma escola pública em Arapiraca, interior de Alagoas, acionou a Polícia Militar nesta quarta-feira (3) após o pai de uma aluna ameaçar um outro estudante, alegando que a filha dele estaria sofrendo bullying.
De acordo com relatos da coordenação e do segurança da unidade, no dia anterior o homem já havia telefonado para a escola, proferindo ameaças contra o
Nesta quarta-feira, ele foi até ao local e tentou entrar na instituição para “tomar satisfação” diretamente com o aluno, mas foi impedido pelo segurança.
Ainda segundo os relatos, o homem declarou que retornaria no horário da saída para falar com o estudante. Diante disso, a coordenação entrou em contato com os pais do aluno ameaçado, que o levaram para casa. O suspeito, no entanto, não voltou ao local.
A Polícia Militar orientou a direção da escola a acionar novamente as autoridades caso o indivíduo retorne para causar desordem. Após os esclarecimentos, a guarnição retomou o patrulhamento de rotina.
O que caracteriza bullying?
Bullying qualquer forma de agressão física ou psicológica, xingamento, violência, ameaça ou exclusão feita por uma pessoa ou um grupo contra outra pessoa.
A violência ocorrida no ambiente escolar pode deixar marcas na vítima. Em crianças, os principais sinais aparecem em mudanças de comportamento e em reações físicas, como:
fobia escolar;
apatia ou retração emocional;
falta ou excesso de apetite;
queda no rendimento escolar;
ataques de pânico ou de ansiedade;
asia, vômito ou mal-estar; entre outros.
Como reagir ao bullying
Apesar de haver medidas de combate ao bullying, como a lei que tipifica esse tipo de violência como crime hediondo, é preciso haver também alternativas de prevenção.
Os pais devem ainda olhar as interações dos filhos nos canais digitais e fiscalizar as trocas de mensagens para garantir que a rede de contato da criança é de confiança.
As escolas e os educadores também precisam ter uma linha de atuação clara no combate a este tipo de violência. Segundo a especialista, a não tolerância deste tipo de conduta no ambiente escolar também pode inibir comportamentos violentos deste tipo.
Além disso, o poder público pode participar de maneira ativa, oferecendo incentivo e capacitação aos profissionais da educação.
Para lidar com essa violência uma vez que ela acontece, é imprescindível que as escolas disponibilizem canais de denúncia. Aos pais da vítima, cabe acolher a criança em um primeiro momento e, a seguir, informar a escola do ocorrido. É importante registrar a denúncia à escola, seja em canais digitais ou por escrito, com reconhecimento de recebimento da instituição, para cobrar atualizações e um parecer final sobre o assunto.
Fonte: G1/AL